Boca Juniors X River Plate: quem ganha o clássico dos museus?

O Marcelo é um amigo meu de Curitiba que adora futebol e é palmeirense como eu. Ele passou uma semana em Buenos Aires e, entre seus muitos passeios, visitou os museus de futebol dos dois maiores times argentinos: Boca Juniors X River Plate.

Aqui no posts ele faz um comparativo e dá seu veredito!

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Boca Juniors X River Plate: quem ganha o clássico dos museus?

A esmagadora maioria dos turistas brasileiros que vão a Buenos Aires visitam o Museo de la Pásion Boquense, dentro do mítico estádio La Bombonera, a caixa de bombons azul-amarela do Boca Juniors. E, como consequência, a mesma maioria esquece da outra metade do superclássico da cidade, o estádio Monumental de Nuñez e o Museo River, do River Plate.

Para entender a brasileirada, passei alguns dias em Buenos Aires e lancei meu olhar BOLEIRO DE FAMÍLIA às sedes dos dois maiores times da capital porteña.

Boca Juniors X River Plate

Localização

Às margens do River Plate está El Monumental de Nuñez e o Museo River.

O estádio fica em Belgrano – e não no vizinho Nuñez, como o nome sugere – ambos bairros de classe média-alta, ruas arborizadas, prédios bonitos, casas grandes, sensação de segurança. O ponto turístico mais próximo é o Barrio Chino (Chinatown), há 2km de distância e não está nem no Top20 dos mais visitados.

Não muito distante das margens do Rio da Prata (mas bem distante do Monumental) está La Bombonera, o famoso estádio do Boca Juniors.

Fica no tradicional e portuário bairro La Boca. Não há metrô nas proximidades, então é preciso usar ônibus ou táxi. A região do estádio é feia, perigosa, pobre, sensação de insegurança total. Há menos de três quarteirões está El Caminito, dos pontos turísticos mais visitados e ‘perdíveis’ da cidade.

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museu boca juniors

Se hoje o superclássico é também um embate entre elite versus proletariado, a origem vem do mesmo bairro, quando os italianos aportaram em La Boca. A rivalidade nasceu justamente desta proximidade.

Camisa pesada

No Brasil e no mundo, o Boca Juniors é muito mais famoso que o River Plate. É a maior torcida da Argentina. Chegou a final da Libertadores da América DEZ vezes e venceu SEIS. Já eliminou desta competição praticamente TODOS os times grandes do Brasil (Cruzeiro, Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, São Caetano, Grêmio e Internacional). Enquanto o River Plate vencia duas Libertadores sem jogar contra brasileiros.

Não há como comparar os dois clubes internacionalmente, mas o duelo interno demonstra a força da rivalidade e é absurdamente equilibrado: 347 superclassicos, com 127 vitórias do Boca e 112 do River, com incríveis 109 empates (fonte wikipedia).

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Os estádios

river plate

O estádio do River Plate, palco de 9 jogos da Copa do Mundo de 1978, incluindo a final vencida pelos anfitriões – no maior momento da história do futebol argentino -, é o maior do país com mais de 66 mil lugares e, além de receber os jogos dos Millionarios, também é sede dos jogos da seleção de Messi e cia.

Em terreno amplo, o Monumental é bem diferente do estádio do Boca Juniors. La Bombonera (caixa de bombons) ocupa um espaço pequeno e, para abrigar quase 50 mil pessoas, possui arquibancadas altas e íngremes, característica famosa por interferir diretamente no clima de uma partida.

Os museus

O Museo River fica ao lado do estádio, num prédio moderno e de bom gosto, onde está também a loja oficial do clube e um charmoso bar e café (onde minha esposa ficou confortavelmente aguardando meu turismo boleiro).

O Museo de la Pásion Boquense está cravado nas arquibancadas da Bombonera, o quê permite maior integração do turista com o estádio. Porém, o espaço é diminuto e, como não há local seguro nas proximidades, forcei minha esposa a entrar comigo.

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Boca Juniors X River Plate

No início do Museo River está o Túnel del Tiempo, onde estão dispostos os principais momentos da história do River Plate, separados década por década em salas com vídeos e dados históricos.

O mesmo setor, no Museo Boquense, é exposto num painel comprido com vídeos e infos. Enquanto um é mais bonito, o outro permite melhor observação.

Os grandes destaques dos Museus são, no Boca, as famosas estátuas de Palermo, Riquelme e Maradona e, no River, a locomotiva em tamanho real chamada La Máquina, em referência ao melhor ataque da história dos Millionarios.

Na boa, a única homenagem de destaque para Maradona é essa estátua encostada numa parede, meio empoeirada, sem ter onde ficar. Achei fraco e sem criatividade a forma de explorar a imagem de um dos maiores jogadores da história do futebol. Uma decepção. J

á a La Máquina é bem bonita e impressiona o turista, mas é preciso conhecer bem a história do River para admirar o que ela representa.

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museu river plate

Interessante que os dois clubes optaram por expor vídeos em bolas de futebol gigantes. Um espaço bonito e impactante no início, mas que na prática não gostei. É um pouco desconfortável para observação e, de perto, perde a graça e fica apenas feio.

Outro ponto em comum é o cinema, uma sala redonda que parece um globo da morte adaptado. Assisti o do River e apenas ignorei no Boca. Confesso falta de paciência. Vale pela curiosidade e apresentação interessante em 360º.

A exposição dos troféus é quase sempre uma tormenta. Afinal, se não for troféu do seu time, é sinal que você amargou uma derrota. Enfim, no River estão lá as Libertadores de 86 e 96, e o Mundial Interclubes (86). No Boca, parece até covardia a quantidade de Libertadores e Mundiais.

No clássico painel com o nome dos jogadores (todo time deve ter um), estão lá figuras do calibre de Di Stefano, Mario Kempes, Daniel Passarella, Francescoli (River), Maradona, Cannigia, Hugo Gatti e Domingos da Guia (Boca), entre os mais antigos, e nomes mais recentes como Crespo, Ortega, Gallardo, Mascherano, Falcao Garcia, Marcelo Salas, D’Alessandro (River), Batistuta, Schelotto, Córdoba, Riquelme, Palermo e Tevez (Boca).

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No Monumental, há também um espaço reservado à seleção argentina, com Daniel Passarella, o capitão do título em 86, erguendo a taça da Copa do Mundo entre outras fotos, vídeos e infos em manequins representando os jogadores do River Plate que já vestiram a alvi celeste.

A atração turística

Em resumo, o super clássico dos museus Boca Juniors X River Plate depende do nível de interesse em futebol e de quantos dias o turista ficará em Buenos Aires.

Se gosta muito do esporte ou ficará mais de três dias em Buenos Aires, vá aos dois museus. Um é bem mais bonito, com uma história de um grande clube.

O outro é um museu nem tão bonito, mas num clube de história repleta de conquistas.

Por outro lado, se a estadia em solo porteño se resume a menos de três dias, faça como a imensa maioria dos brasileiros: esqueça o River Plate e aproveite a visita ao Caminito para conhecer o Boca Juniors.

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25 comentários em “Boca Juniors X River Plate: quem ganha o clássico dos museus?”

  1. Visitei os dois e o do River é bem mais oragnizado. Criou-se aquele mito sobre a La Bobonera mas o principal estádio argentino é o Monumental, sede da Copa de 78 e casa da seleção. Quanto aos museus, o do River é mais amplo, moderno e com um melhor atendimento. Não atoa é o maior do seguimento em toda a América Latina.

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  2. Oi Tulio, dá pra comprar ingressos pra visita guiada na hora mesmo ou melhor comprar com antecedencia? Obrigada

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  3. Túlio, boa noite. Qual o valor que você acredita ser um ingresso para o estádio do Velez ou Racing? Estarei aí no dia 3/05 e tem jogos nessas datas. Boca x river também tem porém creio ser impossível certo?

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    • Só Boca que é mais difícil. Os outros vc consegue mais facilmente. O valor mínimo é 80 pesos, mas essas entradas esgotam rápido. Calcule pelo menos uns 150

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      • Obrigado Túlio, como vou chegar um dia antes tentarei comprar quando chegar mesmo; valeu parabéns pelo blog.

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