Roteiro de 5 dias em Buenos Aires – Dica do leitor

Quem vai contar sobre sua viagem hoje é o catarinense Alex, que veio para Buenos Aires com sua prima. Ele passou 5 dias na cidade, conseguiu aproveitar o último mês do espetáculo Fuerza Bruta por aqui e também foi para algumas baladas. Então se você curte aproveitar a noite, vale dar uma lida no relato dele!

A viagem dele incluiu muitos dos pontos turísticos tradicionais da cidade. Boa parte desses pontos também está no nosso Guia Básico – O que fazer em Buenos Aires (4 dias), que traz um roteiro completo para quem planeja ficar quatro dias na capital portenha. Mas se você quer passar longe da indústria do turismo argentino, você vai gostar mais do nosso Guia Lado B dos pontos turísticos de Buenos Aires.

Roteiro de 5 dias em Buenos Aires – Dica do leitor

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Antes de tudo, deixo meu agradecimento ao blog Aires Buenos! Desde agosto de 2014, quando comprei as passagens e planejei o roteiro, o blog foi a maior fonte de inspiração e sem dúvida vocês deram dicas valiosíssimas para euaproveitar ao máximo essa viagem, muito obrigado.

A primeira viagem internacional a gente nunca esquece, farei outras, mas essa foi especial, pois além de visitar lugares incríveis, aprender a história do país e tirar muitas fotos, conheci pessoas maravilhosa. Tive diversas sensações, desde emoção como no Museu da Evita até euforia com o Fuerza Bruta. Bem, agora vou compartilhar com vocês as impressões que tive na minha Buenos Aires.

Após meses de organização, eu e minha prima, Priscila, fomos no dia 02 de dezembro, para uma viagem de cinco dias na Argentina, era pouco tempo, por isso cada minuto era precioso. Desembarcamos no aeroporto de Ezeiza. A coisa que mais lemos no blog foi para tomar cuidado com os táxis da frente do aeroporto, seguimos isso, e de fato, depois ouvi pessoas que se ferraram legal com os táxis clandestinos, infelizmente, BSAS tem disso, nós utilizamos o serviço de transfer do hostel, que já estava incluído. Para utilizar esse serviço é preciso confirmar por e-mail e aguardar no lugar combinado e no horário estipulado, pois várias pessoas vão junto. Nesse trajeto conhecemos um fotógrafo carioca e já combinamos de sair juntos.

Ao chegar na Calle Florida, onde ficamos hospedados, fomos recepcionados com um coro de cambistas, gritando “câmbio, câmbio, câmbio” e oferecendo os mais diversos tipos de citytour, isso ocorre o tempo todo. Ficamos tão atordoados que na chegada passamos em frente do hostel e não o vimos.

Então descobrimos um segredo para não sermos abordados, colocamos uma faixa em cima da pulseirinha que normalmente os hosteis colocam nos hóspedes, para controlar a entrada.

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Ficamos hospedados no Hostel Suites Florida, uma das ruas mais agitadas da cidade, o pessoal do hostel é super receptivo. Tudo muito limpo, organizado e seguro, super recomendo, é barato, perto de tudo e você tem a oportunidade de conhecer muita gente diferente. Mas, se você não gosta de agitação, não fique lá, porque o barulho de gente animada (tem um pub no subsolo chamado fusion, hóspedes tem 20% de desconto na bebida) vai noite à fora (eu curti).

No primeiro dia, fomos jantar na Av. Corrientes, em um restaurante italiano e então lá ficamos sabendo o que se confirmaria nos próximos dias, a comida não tem sal, então quando a comida vier, já peça o saleiro.

Ao voltar pro hostel, descobri que além de carregar o saleiro, você deve levar um adaptador de tomada, porque elas são diferentes. E por “coincidência” existe uma senhora vendendo adaptadores na porta do hostel.

No segundo dia, acordamos cedo para aproveitar o itinerário que eu havia traçado, durante o café da manhã, um cara ofereceu um tour gratuito pelo centro, eram dois grupos, em inglês e espanhol. Fomos ao Café Tortoni, à Manzana de las Luces, ao monumento do Julio Argentino Roca e o “conquistador do deserto”, que até então estava nas notas de 100 pesos, entretanto, segundo o guia, após uma revisão histórica, constatou-se na verdade que ele foi um Hitler latino, cometeu um dos maiores genocídios da história. Assim, a nota de 100 pesos agora vem com o rosto de Evita, tanto que quando peguei uma,
achei que fosse falsa.

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Fomos até à Plaza de Mayo onde o guia contou a triste história das mães e avós da praça. Em seguida fomos até a Catedral Metropolitana, onde está o túmulo de San Martin. A igreja é linda, inclusive essa igreja era onde o Papa Francisco celebrava missas, por isso essa badalação em relação à igreja. Pra quem curte, existe um tour chamado “tour papal”, não é a minha praia, mas fica a dica.

Em seguida fomos à Casa Rosada, onde ele explicou porque é rosa, o motivo é hilário, descubram lá.

A segunda parte do tour custava 100 pesos, pagamos e acredito que foram muito bem empregados. Fomos ao Museu da Evita e pra mim esse foi um dos momentos mais emocionantes da viagem. Lá estão objetos pessoais dela e é possível visitar a sala onde seu corpo ficou exposto após ser embalsamado, é lógico. Também é possível ouvir a história contada por Lorenzo, que conviveu com Evita, ao contar ele se emociona, é arrepiante, percebe-se o amor e devoção que esse povo tem pelos Peron e como Evita
foi uma mulher que mudou o mundo. Cheguei ao Brasil e fui logo assistir e ler tudo sobre ela. Nesse dia conhecemos um casal de jornalistas de Brasília, muito queridos.

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Depois conhecemos o local onde presos políticos eram torturados durante a ditadura, inclusive nas calçadas pela cidade existem placas em homenagem a eles. Também há o Parque de la Memória, dessa vez não tive tempo de ir, mas já ficou marcado pra próxima.

Por fim fomos a San Telmo, destaco que esse lugar durante a semana é um e no domingo é outro, por isso fui em dois dias. Durante a semana é possível contemplar a arquitetura e os antiquários, já no domingo há a famosa feirinha, é uma loucura pelas ruas, e ainda lá tiramos a foto obrigatória com a Mafalda.

Conhecemos o Shopping Galeria Pacífico e o Shopping da Recoleta, ambos são lindíssimos, mas não ficamos muito tempo neles, porque o objetivo da viagem não era esse.

Voltamos ao hostel, lá conhecemos dois meninos paulistas e um carioca, então chamamos o fotógrafo carioca e o casal de Brasília e jantamos no Bar Peru. Depois rachamos um táxi e fomos para Palermo, numa balada chamada Kika, que diziam bombar na quarta, mas paramos num bar na esquina dessa boate e encontramos um brasileiro que mora lá e descolou pulseirinhas da boate La Bruja, de graça, tudo é melhor. E ainda por cima o meu grupo de brasileiros estava tão animado que ganhamos um balde de champanhe, ou seja, ganhamos a noite. Uma coisa que me chamou atenção nessa e em outras festas é que só toca música latina, era de se esperar né, mas não tanto. Enfim, curtimos muito, principalmente quando o DJ tocou músicas brasileiras a nosso pedido. Nessa balada conhecemos mais um brasileiro, um gaúcho que trabalha com cinema.

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A manhã de quinta foi perdida, afinal precisávamos dormir. À tarde, depois de almoçar em um self-service japonês, pegamos um ônibus. E é importante destacar que pra poder andar de metro e busão é preciso fazer o La Sube, é barato e dá pra carregar nas lojas Open 25 horas, do contrário você só pode usar moedas. Eu recomendo conhecer a cidade pelo transporte público, é mais barato e mais legal. Então, como eu dizia, fomos à Recoleta, o sol estava muito forte, protetor solar e água são fundamentais, você não vai querer perder sua viagem por uma insolação.

Fomos ao cemitério da Recoleta, eu recomendo que se vá ao cemitério depois de ir ao Museu da Evita, para a história fazer mais sentido. Os monumentos são muito bonitos, é um passeio meio mórbido, mas
historicamente válido.

Em seguida fomos ao Centro Cultural Recoleta, é enorme e moderno, respira-se cultura lá. Havia diversas exposições conseguimos ver de diversos artistas. Em seguida fomos ao Museu de Belas Artes. Pra quem como eu, curte museus, é parada obrigatória numa viagem a Buenos Aires.

Fomos à famosa faculdade de Direito porque para minha prima e eu, estudante de direito e advogado respectivamente, era obrigação ir lá. Por fim, encerramos as atividades da quinta-feira, indo à Floralis Generica, apesar do cansaço, estávamos animados para as fotos.

Sexta pela manhã fomos a Puerto Madero, em seguida tomamos um ônibus e fomos ao Caminito, não curti, não é tão colorido como nas fotos, só tem coisa pra vender e até pra respirar eles te pedem dinheiro. Então pegamos o bus e depois de quase 01 hora dentro do ônibus, fomos ao zoo em Palermo. Por fim, quando chegamos ao Jardim Japonês era 17h40 e ele fechava às 18h, Então o Jardim Japonês também ficará para próxima vez.

Fiquei muito bravo, mas ficou a lição, pesquisar o horário de funcionamento dos locais. Depois desse furo precisávamos pegar o ônibus, porém no meu La Sube só tinha 4 pesos e a passagem para duas pessoas daria 7 pesos e não tínhamos moedas, e por incrível que pareça não havia nem um quiosque pra trocar o dinheiro por moedas. Então decidimos voltar ao zoo, porque na frente tinha o metrô, e lá recarregar o cartão. Nisso eu perguntei a um policial como chegar ao metrô e contei nossa situação. O que ele fez? Deu a informação e foi embora? Não, ele parou um ônibus e mandou o motorista nos deixar na Av. Corrientes sem pagar, beijinho no ombro né. Ainda existe gente legal nesse mundo. Depois eu descobri que é possível passar o cartão sem crédito em uma emergência, aí quando você recarregar desconta do cartão.

Sexta à noite precisávamos sair então fomos a um barzinho na Av. Córdoba e em seguida em uma balada alternativa, chamada The Sub Club, essa não recomendo, público adolescente e open bar com coquetéis bem ruins.
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Sábado de tarde ficamos de bobeira, descansando porque à noite tínhamos o tão esperado Fuerza Bruta, para isso montamos uma caravana de brasileiros: duas mineiras, dois paulistas, dois cariocas, um gaúcho e duas catarinenses. Ficamos encantados com o espetáculo, sem dúvida foi a coisa mais louca que já vi na vida. Ano que vem estreia no Brasil, mas ver em BsAs foi único. Em seguida fomos para Palermo de táxi, lá ganhamos pulseiras de 04 baladas diferentes. Sério, eles distribuem pulseiras no meio da rua! Fomos na boate Gabanna, lá também dominamos a pista, fizemos tudo que não fazemos no Brasil, dançamos enlouquecidamente.Domingo andamos pelo centro e fomos à feira de San Telmo. Com dor no coração, arrumamos as malas pra voltar pra casa na segunda.

Enfim, vi muita coisa, e faltou muita coisa pra ver, mas isso é bom porque quero voltar muitas vezes, Buenos Aires é apaixonante. Esse papo de que os hermanos são grossos é mentira, afinal em todos os lugares tem gente legal e tem gente tosca. Dos lugares que passei, apenas em dois foram babacas, mas isso não estragou a viagem e guardarei a educação e disposição em ajudar dos portenhos, percebo que todos carregam com eles um pouco de Evita. Infelizmente a economia deles é um problema, assim como a nossa, mas eles não desanimam, seguem trabalhando e lutando pra mudar esse cenário.

Enfim, pude sentir os Aires Buenos da Argentina, adorei tudo. E já tenho minha lista de lugares pra ver e rever quando voltar lá. Gastei cerca de R$ 900, durante 05 dias, de hostel gastei R$ 390 e as passagens parcelei em 10 vezes, ou seja, com organização você pode ir até a lua.  Um último recado, não “lhore por mi Argentina”, em breve eu volto.
Abraços.
Hasta la vista.

É ótimo saber que ajudamos um pouquinho na sua viagem, Alex! Deu pra ver que você conseguiu aproveitar muito bem a cidade e ainda voltou para o Brasil apaixonado por ela. Buenos Aires tem o costume de fazer isso mesmo com as pessoas.

E você está certíssimo, com organização é possível fazer uma viagem internacional, só é necessário se planejar muito para isso! No Aires Buenos tem muitas outras dicas de leitores, para ver mais relatos como esse, visite a categoria DICA DO LEITOR.Mas se você já veio para Buenos Aires e também quer compartilhar suas impressões e seu roteiro, é só enviar seu texto com algumas fotos para airesbuenosblog@gmail.com.

E não viaje para Buenos Aires sem o nosso super guia: várias dicas organizadas para facilitar a sua vida, além de um roteiro dia-a-dia, com mapa e como chegar aos lugares. 😉

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Confira todas as nossas dicas de hotéis em Buenos Aires. São vários posts com resenhas, melhores bairros e muitas outras dicas.

Se está planejando sua viagem para Buenos Aires, não deixe de contratar um bom seguro viagem. Ninguém espera que algo aconteça, mas vai que acontece. Melhor estar prevenido, não é?!

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E não deixe de conferir todos os passeios e ingressos que poderá comprar com antecedência. 😉

5 comentários em “Roteiro de 5 dias em Buenos Aires – Dica do leitor”

  1. Faltou falar do hambúrguer divino Alex!!! Aaaa eu sou mineira mas a Nat é carioca rsrs…
    Adorei conhecê-los! Ficou show o post! Parabéns!

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  2. Indica alguma balada de musica eletrônica (underground, de preferencia)?

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  3. Adorei o relato!! Também fiquei apaixonada pelo Museu da Evita. Ah, e claro, pela cidade. Estou providenciando o meu relato de 11 dias nesta cidade maravilhosa!! Abraços

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