Buenos Portenhos: Paula Haefeli

Durante 10 semanas, toda segunda-feira amigos meus que moram em Buenos Aires foram convidados a dividir aqui no blog os seus lugares preferidos, dicas e achados.

Hoje, fechando a primeira temporada do Buenos Portenhos, a convidada não poderia ser outra: Paula Haefeli. Carioca, jornalista e minha hermosa namorada!

Capricha, Paula!

“Vivo há um ano e meio em Buenos Aires. Apesar de alguns momentos de desesperança com a degradação cada vez mais visível da cidade, ainda estou na fase de lua-de-mel, me encantando com cada calle que nunca passei antes e com cada canto novo para ser explorado, como encontrar uma pracinha no meio do nada. Aí vai o que eu amo nessa ciudad maravillosa!

1. Vou de bici


Buenos Aires é perfeita para se flanar sobre duas rodas. Uma das poucas cidades da América do Sul totalmente preparadas para o tráfego de bicicletas, aqui existem cerca de 100km de ciclovias protegidas e bicisendas (faixas exclusivas para ciclistas) bastante seguras. Agora já tenho minha magrela (contrapedal e sem marcha, já que a cidade é quase plana), mas quando estive de turista há uns anos usei os serviços da La Bicicleta Naranja, que oferece aluguel de bicicletas por hora, dia ou semana, além de passeios guiados.

Seguindo as ciclovias intermináveis, pude conhecer grande parte da cidade em poucas horas e descobrir como vive o porteño. Cruzei com pessoas de todo tipo, passei por pracinhas escondidas e construções imponentes, fiz aquelas paradinhas estratégicas para tomar uma água num quiosco embalado pelo som da cumbia ou um cafezinho num deli da moda. Andar de bici por BsAs é uma verdadeira aula de antropologia!

Mapa de ciclovias e eventos para ciclistas: http://mejorenbici.buenosaires.gob.ar
Aluguel de bicicletas: http://www.labicicletanaranja.com.ar/

2. Avenida Caseros e Parque Lezama


A fama da Feira da Calle Defensa entre os turistas infelizmente desvia o olhar de uma verdadeira joia no bairro de San Telmo: a Avenida Caseros, uma avenida idêntica a um boulevard parisiense, que guarda as características daquela Buenos Aires aristocrática e luxuosa que quase não existe mais. Ali, em apenas uma quadra, me sinto transportada para uma outra época.

Na quadra da Avenida Caseros entre Defensa e Bolívar está o histórico Edifício de Los Ingleses, construído no início do século XX para abrigar os engenheiros britânicos que vieram trabalhar na construção da malha ferroviária da cidade. O térreo do belo edifício abriga uma oficina antiga cheia de calhambeques espetaculares e alguns bons restaurantes, como o Hierbabuena, meu vegetariano favorito.

Coladinha na avenida está o Parque Lezama, uma grande praça que abriga o Museo Histórico Nacional e já foi cenário de muitas de minhas tardes de domingo preguiçosas. Em frente ao Parque, ainda me encanto com a Iglesia Ortodoxa Rusa, de arquitetura moscovita belíssima. Voltando à Defensa, quase em frente ao Parque Lezama, não tem como não tomar uma cidra tirada no mais pitoresco Bar Notable da cidade, o Hipopotamo.

Avenida Caseros e Parque Lezama no Google Maps: http://goo.gl/maps/PwjY8

3. Café Las Violetas


Já fiz uma resenha como convidada aqui no Aires Buenos sobre o Las Violetas, mas eu não podia deixar de me repetir. Foi lá, dentro deste café histórico de lindos vitrais e deliciosas meriendas, rodeada por grupos de vovozinhas batendo papo e casaizinhos arrulhando, que descobri que estava apaixonada de verdade por Buenos Aires e pelo cavalheiro que me levou para conhecer o lugar. 🙂

Para entrar no ritmo dessa Buenos Aires antiga, glamourosa e romântica antes mesmo de chegar no café, tem que tomar a linha A do Subte e andar nos vagões de madeira. Não sei se sou a única a ver poesia nisso, mas sempre que escuto o barulho da madeira do trem rangendo ao sair das estações me transporto para uma era e um lugar que eu adoraria ter vivido.”

Muchas gracias, dona Paula!

Este foi o último post da primeira parte dessa série. Em breve, mais convidados dando suas dicas aqui! Para ver todos os outros personagens da seção Buenos Porteños, clique aqui.

E não viaje para Buenos Aires sem o nosso super guia: várias dicas organizadas para facilitar a sua vida, além de um roteiro dia-a-dia, com mapa e como chegar aos lugares. 😉

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Confira todas as nossas dicas de hotéis em Buenos Aires. São vários posts com resenhas, melhores bairros e muitas outras dicas.

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9 comentários em “Buenos Portenhos: Paula Haefeli”

  1. Aê galerinha, voltei ontem de Bs As e uma grande dúvida que me acometia antes da viagem era sobre qual dinheiro levar: real, dolar ou pesos…lá o dólar estava 1 por 5 pesos, o real em média 1 por 2 ou 2,50 pesos. mas nem todos os lugares aceitam o real, por tanto leve alguns dólares e vc pode trocar o real por pesos com o seu guia ou na recepção do hotel. Prepare-se pq a inflação lá tá alta, uma água mineral (péssima por sinal) custa cerca de 20 pesos, a entrada para o teatro cólon praticamente dobrou(estava 60 pesos e hoje está por 110)o que não é caro é táxi(sempre de rádio táxi), fui da recoleta à la boca por 65 pesos. uma dica é pedir na recepção do seu hotel um mapa da cidade, lá dá para passear muito a pé, tem muitas praças e monumentos. Alguns muesus como o de belas artes tem entrada free, mas abrem a partir das 12:30, aliás lá tudo só abre a partir das 10h e funcionanm até umas 20h. Não se atenham aos famosos restaurantes, tente comer onde os portenhos comem regularmente, você pode ter uma grata surpresa. O café é péssimo, se gostar, prefira o chá. O povo é bem carismático, ajuda se te vê perdido com um mapa nas mãos(rsrsrsrs), não fazem jus à má fama de mal-educados.

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  2. café Las Violestas é palco de grandes acontecimentos, foi lá que eu pedi minha namorada em casamento

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  3. Quando fui a Buenos Aires em 2007 e 2010 ainda não havia ciclovias/ciclofaixas, ao menos nas regiões de turistas. (E além disso eu era um ex-ciclista, ainda não havia retomado esse bom hábito.) Na minha próxima ida a esses lados me deslocarei bastante “en bici”.

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