Zoo Lujan: vale a pena visitar esse zoológico de Buenos Aires?

Famosíssimo entre os turistas brasileiros, o Zoo Lujan é um dos lugares turísticos mais controversos da Argentina.

O zoológico, que fica na cidade de Luján, a cerca de 75km de Buenos Aires, tem fãs fervorosos e gente que o odeia na mesma intensidade. O motivo: ele permite que as pessoas entrem nas jaulas e toquem nos animais (que, dizem, são dopados para não se darem conta da proximidade dos humanos).

Imbuída da curiosidade jornalística (aka aproveitei a visita de amigos do Brasil loucos para conhecer o zoo), deixei minhas concepções de lado e fui conhecer o lugar para entender o porquê de tanta fama e conto tudo neste post enorme.

Tentarei ser o mais imparcial possível sobre o Zoo de Lujan, mas não deixarei de dar minha visão para ajudar você a decidir por si só se vale ou não a pena ir até lá. Polêmica à vista!

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Zoo Lujan, saiba tudo sobre o polêmico zoológico de Buenos Aires

A parte (mais ou menos) imparcial

O zoológico é um grande campo com poucas árvores (um sofrimento nos dias de calor) e muita terra batida (um sofrimento nos dias de chuva). Fui em uma quarta-feira e o Zoo Lujan estava relativamente cheio. A fila para entrar nas jaulas variou de 15 minutos a uma hora sob o sol de mais de 30 graus que fez no dia.

A jaula dos filhotes de leão foi a mais concorrida do dia. Esperamos cerca de uma hora para ficar cerca de 3 minutos na jaula, segurando os animais no colo para tirar foto.

Tentei saber um pouco mais sobre os animais, mas os cuidadores só responderam secamente que eles tinham um mês de idade. Apesar de bem cuidados, dava pena ver os dois filhotes se revezando irritados para ir para o colo dos turistas. Rosnavam (?), choravam, se debatiam. Até que os cuidadores davam uma seringa de água (se é água ou remédio não dá para saber) e deixavam os bichinhos de lado para se acalmarem antes de começar uma nova rodada de fotos.

Confira => Passeios em Buenos Aires

leão zoo lujan
1h na fila para pegar esse bichinho lindo no colo

Outra jaula bastante concorrida do Zoo Lujan era a dos tigres.

Haviam alguns totalmente separados do contato humano e dois, um tigre asiático e um branco, “aptos” para visita. A beleza e o porte impressionaram e confesso que me deram um pouco de apreensão, especialmente porque os tigres faziam contato visual com os turistas e davam umas voltas em torno da gente, talvez para escolher um lugar mais fresco para dormir (o tigre branco inclusive resolveu deitar em cima do bebedouro para se refrescar).

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Tigre Zoo Lujan
Olhar penetrante

Já os leões deram medo em todo mundo. Eram dois, meio abobalhados, mas que resolveram se estranhar (ou brincar, vai saber) no momento em que eu e meus amigos entramos na jaula. Depois de serem devidamente afastados pelo cuidador, voltaram a deitar e a contemplar a vida com um olhar totalmente perdido. Esses realmente pareciam que estavam doidões…

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Leão Zoo Luján
Momentos de tensão!

Também fizeram sucesso com os visitantes os dois elefantes Sharima e Arly. Ao entrar no espaço deles, você ganha um punhado de comida para dar para os bichos, que com a tromba agarram a sua mão e levam tudo. Eles também posam para as fotos junto com você.

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Outra atração concorrida do Zoo Lujan era o passeio de dromedário, na verdade uma voltinha minúscula, mas pelo menos dá para sentir o gostinho de ser beduíno por um dia.

Zoológico Lujan Elefante

Dromedário Zoo Lujan
Aposto que você também pensava que o Zoo de Luján era um zoológico de Buenos Aires!

No Zoo Luján há ainda uma jaula com várias araras (que voam sobre você e montam no seu ombro) e um terrário com cobras e iguanas.

Há ainda jaulas com cervos, cabras, urso Grizzly e macacos, além de alguns outros bichinhos mais “comuns”, esses só para ver e não tocar.

E em todos os lugares, dentro e fora das jaulas, há cachorros de todas as raças, tamanhos e idades. A razão por esse fato curioso é que os cachorros interagem e brincam com os tigres e leões quando sentem alguma mudança de comportamento neles. De certa forma, eles sim agem como seguranças, e não os tratadores!

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Zoológico de Buenos Aires
Cachorros e leõezinhos em uma bela amizade

Se a fome ou a sede bater, o Zoo Lujan conta com uma pracinha de alimentação com um buffet de tenedor libre (rodízio) de churrasco. O lugar conta ainda com umas churrasqueiras e mesas de piquenique para quem preferir levar a própria comida.

Como o passeio dura praticamente o dia inteiro (calcule de 2 a 4 horas de deslocamento mais o tempo que você levará conhecendo o lugar), vá prevenido de dinheiro e/ou comida e bebida.

Agora, a parte “crítica” sobre o Zoo Lujan

A pergunta de um milhão de pesos é: vale a pena visitar o Zoo de Luján? Veja abaixo as minhas impressões do lugar e tire suas conclusões:

– Luján é bem longe e o trajeto é feio. Fomos e voltamos de ônibus 57 (mais informações abaixo) e, contando com o tempo de espera, de viagem propriamente dita e do passeio, gastamos cerca de 8h. Mesmo com passeios guiados, é preciso dedicar 1 dia inteiro só para Luján. Se eu fosse turista, nunca perderia tanto tempo da viagem em um só lugar, tão longe e tão diferente do que Buenos Aires e a Argentina possuem de especial.

– Sempre achei que o Zoo Lujan era mesmo feito para turistas, mas não tinha me dado conta que era para turistas brasileiros e só. Só vi um casal que parecia chileno e duas famílias argentinas. Todo o resto dos visitantes, sem exagero, era do Brasil. Quando voltei, consultei um monte de argentinos e todos disseram que é um verdadeiro programa de índio, que ninguém gosta de ir para lá. Encasquetei com a questão: afinal, quem criou no Brasil essa mística em torno do Zoo de Luján? Quem souber responda nos comentários!

– Outra prova de que só dá brasileiro lá é que todos os cuidadores do Zoo Lujan falavam português (ou portunhol). Mesmo se alguém puxava assunto em espanhol eles respondiam em português. Isso, para mim, tira 90% da graça. Para que estar em um país estrangeiro se ninguém tenta se comunicar na língua do lugar?

– O Zoológico de Luján pode ser atraente para famílias que viajam com crianças. Mas é bom saber que só maiores de 18 anos podem interagir com os bichos. E os bichos que “sobram” para olhar são tão comuns que qualquer outro zoológico tem, como o de Palermo, por exemplo, que pelo menos para mim foi uma visita muito mais agradável.

– Para quem pode passar a mão nos bichos, realmente é uma experiência interessante. Mas tenha em consideração o tempo gasto no trajeto e nas filas para ter cinco minutos de contato com cada animal. Pense se vale a pena abdicar de outras experiências só para fazer uma foto!

– Finalmente, os animais são dopados? Realmente não sei. Talvez quem conheça melhor sobre o comportamento de animais selvagens deva saber como é. Os cuidadores alegam que todos os animais são totalmente domesticados e vivem com humanos desde filhotes. Mas, depois de 18 anos observando meus dois cachorros que, mesmo obviamente domesticados, tinham seus rompantes de selvageria (hehe), não consigo deixar de achar estranho que bichos verdadeiramente selvagens nunca tenham esses mesmos momentos.

Muita gente acha que o Zoo Lujan é um zoológico de Buenos Aires, mas acho que agora ficou claro que não, né?!

E você, já foi lá? Se não foi, quer ir? Concorda ou discorda com a nossa opinião? Conte aí nos comentários. Adoramos uma boa discussão!

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Serviço

Entrada (valores de março 2020): Não residentes: AR$1.400; Residentes (com DNI): AR$450; Menores de 2 anos: grátis

Horários: segunda a domingo, de 9h às 18h.

Como chegar ao Zoo Lujan: Autopista Acceso Oeste, KM 58, Luján, Buenos Aires.

– Pacote Turistando Buenos Aires: O Aires Buenos tem uma parceria com essa agência de brasileiros que faz passeios ao Zoo de Lujan. É bem mais prático e confortável, além disso junto vai um guia que sabe vários detalhes do local. Mande um email dizendo que você lê o Aires Buenos para cotar tudo que eles oferecem. Saiba aqui mais detalhes sobre a parceria Aires Buenos + Turistando Buenos Aires.

– De ônibus: linha 57 (Lujan-Palermo, ônibus vermelho). Ponto final: Av. Sarmiento (em frente ao centro de exposições La Rural, ao Zoo de Palermo e a estação de metrô Plaza Italia, da Linha D). Avisar ao motorista ao entrar que você vai saltar no Zoo de Luján. O valor da passagem só pode ser pago com o cartão SUBE. Não recomendamos ir com crianças pois o trajeto é longo e dependendo do horário os ônibus estão cheios. Atenção com motoristas canalhas que falam que não precisa passar o cartão e cobram dinheiro de você. É mentira isso. Todos ônibus da Grande Buenos Aires só tem um método de pagamento que é o cartão SUBE.

– De carro: o site do Zoo Lujan informa o caminho a partir de onde você estiver. Há estacionamento grátis no local.

Site com mais informações: http://www.zoolujan.com/

Veja outras dicas de Buenos Aires dadas pelos leitores do Aires Buenos!

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130 comentários em “Zoo Lujan: vale a pena visitar esse zoológico de Buenos Aires?”

  1. Estive lá recentemente, fui cedo, cheguei por volta 09 h da manha numa sexta-feira, não tinham filas, fui a todos os animais.
    Minha filha de 10 anos pegou no colo um filhote de Leão que aparentava estar bem saudável.
    Não tive a sensação de estarem dopados, pelo contrário, eles caminhavam, tinha até um Leão adulto rosnando bem grosso.
    Pareciam muito bem tratados, sem sinal de violência ou fome.
    Quanto a questão de estarem enjaulados, em um zoo acho que isso não pode ser diferente.
    Em qual zoo Leões e tigres ficam soltos ??
    Em qualquer zoo você não vê como padrão um Leão ou um tigre correndo para lá ou para cá, lá eles deitam, dormem, caminham.
    E quando estão brincando mais agitados, ficam fora da visitação.
    Vi lá Leões e Tigres que você não pode chegar perto, porque são ferozes, não foram criados no zoo desde filhotes, estes somente se pode olhar.
    Animais menores que não oferecem perigo ficam soltos, você tem a experiência de estar no meio deles, em plena natureza .
    O Zoo de Lujan realmente não tem uma grande estrutura para recebimento dos visitantes, parece um grande sítio. Entretanto, vi isso como um aspecto positivo, mais próximo a natureza.

    Se tivesse percebido algum sinal de maus tratos eu ficaria triste, mas não ví…. os tratadores não usam chicote ou qualquer outro instrumento de violência, os animais são muito bonitos e saudáveis.

    O passeio foi muito legal !!!

    Em tempo, não sei se é verdade, mas lá dizem que os leões e tigres são soltos a noite..

    Responder
  2. Na década de 70, um amigo nosso foi o diretor do extinto zoológico de Piracicaba-SP Brasil. Para sorte dos filhos deste amigo, teve um leãozinho que por algum motivo que não me lembro foi criada na mamadeira e por pura falta de recursos esse diretor levou para casa e pediu ajuda dos filhos. Conclusão: meu vizinho tinha um leãozinho brincando no jardim da frente. Quando cresceu obviamente foi de volta ao zoológico (que não exite mais) e mesmo adulto o filho mais velho entrava na jaula até o dia que pegou o animal de mal humor e nunca mais ele voltou a entrar na jaula com o leão. Conclusão: é absolutamente factível que se brinque com filhotes de leão enquanto pequenos.

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  3. Estive em Buenos Aires a 3 anos e pude rever vários lugares que já visitei. Fui ao Zoo Lujan na companhia de um colega que me esclareceu em muito a questão polemica sobre o comportamento dos felinos e demais bichanos “ferozes”, como os Ursos. São várias as questões que explicam esse comportamento.
    1) Os animais ( todos ) quando nascem, logo no momento instante ao parto, são retirados de suas mães e colocados sob os cuidados de uma mãe postiça, que são as cadelas. Elas alimentam estes animais e dão de mamar como se fossem seus filhotes “caezinhos”.Durante toda a infância estes animais passam a ter como referencias os cães e não mães suas mães verdadeiras e assim adotam um comportamento diferente do que seria de seus instintos selvagens. No mesmo momento em que nascem, já são submetidos ao contato humano, inclusive a terem pedaços de tecidos com cheiro e odores humanos e assim passam a ter esse cheiro como referencia de carinho e convívio harmonioso. O Instinto desses animais fica “adormecido” e interagem de maneira pacifica com as pessoas.
    2) Como são alimentados posteriormente por seres humanos, não os vê como concorrentes e ameças e sim como “aqueles que lhe dão comida”. Isso é condicionamento e faz com que os bichinhos, desde pequenos, nos vêem como suas “mães”. No mundo selvagem, são as mães que caçam para alimentarem os filhotes e eles associam isso para sempre…daí reagirem de forma pacifica qd os tratadores do zoo e os turistas lhes oferecem comida.
    3) Sempre leio comentários que falam que os animais são dopados…nunca percebi por esse angulo e também não vejo que isso aconteça de verdade. Entretanto, a maioria dos animais, em especial os felinos, tem hábitos noturnos e durante o dia estão sim sonolentos e com aquele ar de fora de si…isso acontece também e com frequência na vida livre dos selvagens.
    De qualquer forma, existe aí a questão comportamental dos animais e adaptabilidade deles com o ambiente em que foram criados.
    Espero que minhas colocações sirvam para ilustrar este debate sobre o comportamento dos animais do Zoo Lujam, que por sinal, poderia ser melhor explorado se tivesse um ambiente melhor cuidado.
    Vale lembrar que a mais de 1.000 anos, no Tibet, os monges praticam essa mesma técnica de “relacionamento” com os tigres, que mais parecem uns gatinhos grandes.

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  4. Como faz para voltar de ônibus?

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  5. Péssimos vocês!
    Ótimo local, fui hoje e sem filas, dia lindo amainais lindos, fotos ótimas! Esperando o céu pra viver tudo novamente.
    Sobre a viagem numa van que sai da bebida 9de julho subterrâneo em frente hotel república, por 100pesos confortável, 1h de viagem.

    Se programem e procurem saber das coisas antes de falar bobagens, péssima reportagem!

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    • Oi, Pamela. Só porque você não concorda com a gente não precisa vir atacando. Como moradores da cidade e especialistas em turismo sabemos muito bem todas as opções que a cidade dá, não consideramos o Zoo de Lujan nem de longe a melhor delas. Tempos estranhos esses onde nem dá pra ter uma opinião diferente, né? Abraço.

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