5 coisas que Buenos Aires pode aprender com outras cidades turísticas

5 coisas que Buenos Aires pode aprender com outras cidades turísticas

Depois de fazermos um post falando 5 coisas que Buenos Aires pode ensinar a outras cidades turísticas, chegou a vez do contrário. A capital argentina pode ter vários pontos positivos, mas ainda tem muito a mudar no quesito turismo. É só sair e viajar um pouco pelo mundo para ver ótimos exemplos de coisas simples que podem servir muito bem para que os portenhos melhorem o trato para com os turistas

Vamos lá então para a lista de 5 coisas que Buenos Aires pode aprender com outras cidades turísticas

1. Limpeza

Vamos ser sinceros. Buenos Aires é uma cidade suja e dependendo dos bairros bastante fedida. E não é só culpa do governo, mas também da população. Gente que joga lixo na rua sem cerimônia, cocô de cachorro na calçada, restaurantes que jogam lixo a céu aberto que depois é vasculhado por catadores. Um verdadeiro caos. Algumas áreas como Palermo e Recoleta até se salvam um pouco, mas o Centro e San Telmo são muito problemáticos.

Ninguém quer visitar um cartão postal feio e fedido, né? Mas o pior é que a cada ano que passo, com a deterioração da economia do país as coisas só pioram. É muito comum ouvir de turistas que já visitaram Buenos Aires mais de uma vez a frase “A cidade está com cara de abandonada”.

2. Atendimento

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Os portenhos ainda não se ligaram que um bom atendimento é lucrativo, rende mais e faz com que clientes voltem. Aqui é mais do que comum ser esnobado pelo garçom, ser atendido com cara fechada por vendedores de loja, ter que lidar com má vontade de funcionários preguiçosos ou tolerar taxistas arrogantes e grossos. Tem horas que você compra uma coisa e é como se estivesse fazendo o favor para a loja. Um descaso total. Eu que moro aqui acabo sempre evitando esses lugares, cheguei até a fazer minha lista negra aqui no blog.

Depois de fazer turismo na costa oeste americana que percebi o tamanho da diferença no atendimento. Em toda loja que entrava alguém dizia bom dia ou soltava um “how are you today”, sempre sorridentes e solícitos. Aqui em Buenos Aires isso é raridade. Pode ser até mal de cidade grande, mas mesmo assim, quem quer conquistar um turista precisa começar pelo básico: tratá-lo com o mínimo de respeito.

3. Preços

Existem dois problemas de preço. O da inflação que afeta todo o país  e o oportunismo de alguns lugares. Contra o primeiro o turista não pode fazer nada, os preços oscilam mesmo e o buraco é bem mais embaixo. Já contra o abuso é só se informar e evitar lugar careiro. A dica é bem simples. Quanto mais turístico for o lugar, maior será o valor cobrado em algo para quem viaja. Cerveja, refrigerante, artesanato, lembrancinhas. Eles querem faturar muito em cima da desinformação do turista, o que acaba gerando verdadeiros abusos.

É só ir em qualquer bar da Plaza Serrano para ver isso. Tudo bem que o bar precisa lucra, mas cobrar 90 pesos numa cerveja que é 20 pesos no supermercado é um absurdo. Até entendo o turista ir, porque ele não tem noção do preço das coisas, mas realmente não consigo conceber os locais pagando esse preço lá. Será que estão rasgando dinheiro?

4. Proteção ao turista

Uma das coisas que mais me irrita em relação ao turismo na cidade. Todo mundo sabe que existem notas falsas, mas não fazem muito para alertar os turistas. Todo mundo sabe que tem gente que dá golpe na hora de trocar dinheiro no paralelo, mas os doleiros estão em dezenas na Calle Florida. Também sabem que taxistas de Ezeiza e de Aeroparque são mestres em dar voltas nos turistas. Mas alguém faz alguma coisa? Não, são problemas que cagam a cidade logo que a pessoa chega e não vejo atuação nenhuma. Descaso.

Custava ordenar e regular os táxis dos aeroportos? Custava fiscalizar as casas de câmbio e prender os canalhas?

5. Segurança em geral

Tudo bem que esse item é comum a todas as cidades brasileiras, mas não é por isso que vamos perdoar. Principalmente de noite algumas áreas exigem um cuidado especial do turista. Centro e San Telmo principalmente. O Bairro da Boca é outro onde o visitante precisa ficar atento, principalmente quando sai da área em torno do Caminito. Evite se embrenhar no meio do bairro. Já ouvi bastante casos de roubos a turistas ali.

E na sua opinião, que outra lição Buenos Aires pode aprender de grandes cidades turísticas do mundo?

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Confira todas as nossas dicas de hotéis em Buenos Aires. São vários posts com resenhas, melhores bairros e muitas outras dicas.

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7 comentários em “5 coisas que Buenos Aires pode aprender com outras cidades turísticas”

  1. Tulio, gostaria de algum link que eu obtivesse informações sobre a coleta de lixo aí em Buenos aires? Ela é terceirizada? Abraço. Voltaremos em Julho se os preços derem uma melhorada.

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    • Os caminhoes sao todos com cores da prefeitura, mas imagino que devem ser terceirizados

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  2. Roberto Tuminelli exelente seus comentários ,percebe-se que uma pessoa transparente diz o que enxerga realmen te.

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  3. Salve Tulio, quanto à limpeza não é uma Europa, mas é bem melhor que Rio ou SP.

    Atendimento peca mesmo. Fomos muito bem atendidos no Don Ernesto, em San Telmo. Voltaremos com certeza no fim do mês e num pequeno mas agradável café: La casa de Gretha, na Recoleta. Tanto a proprietária quanto os funcionários são muito simpáticos.

    Mas o problema de péssimo atendimento não se restringe a B. Aires. O Rio tem também um atendimento péssimo, e não só para turistas. Sempre falavam, isto e comparavam ao atendimento de SP, que, mesmo não sendo 100% é muitíssimo diferente e melhor. Eu defendia o Rio, até vir morar em Sampa. Realmente não há como defender o o indefensável…

    Os preços ainda são muito convidativos para nós. Principalmente em relação à alimentação e transporte.

    Táxis só usamos o de Ezeiza, correu tudo bem…

    Segurança, como brasileiros e cobras criadas é claro que não demos mole… 😀

    mas nada disto tira o encanto da cidade.

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  4. Voltei agora de BUE, fiquei em Palermo … lixo nem se vê mas porra…que mania q Argentino tem de não catar o coco do cachorro!!!
    Eu vi um casal com aquela pinta de super chiques passeando com o cachorrinho em Puerto Madero e sem cerimônia nenhuma não cataram o coco do pet. Péssimo.

    Quanto aos preços dos restaurantes, ainda é MUITO mais barato pra brasileiro.
    Paguei 10 reais num lanche completo no Burger King, aqui não sai por menos de 20,00
    Num restaurante badalado de Palermo … eu e o noivo menos de 100 reais .. impossível pagar só isso no Rio!

    Cafe Martinez da rua Uriarte q era ótimo… agora tá um lixo na questão de atendimento.
    Eu ia todos os dias em 2010… agora nem wifi free tem. Apenas uma garçonete atendendo todas as mesas!!
    Fui só uma vez dessa vez e só voltei pq a o Café Havana q tinha ali perto estava fechado nesse dia.

    Quanto a segurança .. me sinto muito mais segura do q nas ruas do Rio.
    Ando com iPhone na mão, consultado mapas e etc sem problemas.
    Não dou essa bobeira aqui no Rio.

    Boca é um lixo. San Telmo o mesmo. Fiz um tour naquela onibus de turismo de novo, e nem cogitei a possibilidade de descer.

    Pra quem já conhece só vale a pena passear por Palermo, Puerto Madero e Recoleta.
    O resto… pode esquecer.

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  5. Acuerdo 100%, especialmente con lo de la basura y los taxistas. Ya no hay casos de notas falsas, pero los piratas de Aeroparque y Ezeiza no tienen ningún control, podría ser como por ejemplo en el aeropuerto Santos Dumont,en Rio, donde hay tablas con valores sugeridos y una pequeña fichita de control que el pasajero se lleva.

    La seguridad me parece mucho mejor que en muchos otros países, pero la Policiía turística es poca,no habla muchos idiomas y no sabe nada.

    Transporte Aunque hay muchos colectivos para todos lados, las paradas son un desastre, no se sabe el trayecto,ni los horarios.
    El subte podría extenderse hasta medianoche.

    Lo del cambio paralelo en la calle Florida no está tan mal para quien se arriesga a entrar en un mercado ilegal. Si quiere seguridad, que cambie legalmente a $7,80 en vez de $10.00. Si le gusta la pichincha del paralelo, debe asumir que es un riesgo.

    Estamos en Brasi hace un mes, subiendo de Salvador a Pipa,en auto.Se supone que es más barato que Rio o Sampa, pero los precios siguen siendo mucho más caros que en Buenos Aires, excepto a cerveza, que en Buenos Aires es un robo en cualquier lado y además no saben enfriarla.,..

    Buen resumen Túlio de lo peor y lo mejor.

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